Vaticano

Lula e enviado do Papa discutem desigualdade e povos indígenas

Presidente brasileiro recebeu Parolin no Palácio do Planalto

Presidente Lula e cardeal Pietro Parolin durante reunião no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

Segundo a presidência, “após relembrar ao presidente Lula da última vez em que o encontrou, por ocasião da coroação do rei Charles III, do Reino Unido, o representante do Vaticano transmitiu as saudações do papa Francisco”

“O presidente Lula ressaltou seus esforços, inclusive no âmbito da presidência brasileira do G20, para a mobilização internacional em torno da superação da desigualdade em todas as suas formas, sobretudo econômica, agenda sobre a qual conversou pessoalmente com o papa Francisco”, disse o Planalto, em nota.

“Um mundo que produz a quantidade de alimentos que produz não pode ter gente passando fome. É preciso criar uma consciência de que a fome não é aceitável”, afirmou o presidente, após lembrar a saída do Brasil do mapa da fome da ONU em 2014, e o retorno em 2022.

Segundo o governo, o presidente também elogiou o papel do papa Francisco contra a guerra e a desigualdade, e ambos concordaram sobre a importância de os governos garantirem a liberdade religiosa.

Já Parolin citou o interesse da Santa Sé pela situação dos povos indígenas, enquanto Lula falou sobre a criação do Ministério dos Povos Indígenas e a gestão da Funai por uma indígena. O presidente disse ainda que pretende, em breve, anunciar a homologação de novas terras.

“No que depender do nosso governo, os povos indígenas terão o melhor tratamento possível”, disse Lula, citando esforços em prol dos Yanomami e desafios representados pelo garimpo ilegal e outras formas de crime organizado, “hoje uma indústria internacional”.

A primeira-dama Janja da Silva e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, também acompanharam a reunião.

(ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it