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Itália proíbe comercial que substitui hóstia por batata

Instituições católicas repudiaram propaganda

Redazione Ansa

(ANSA) - Um comercial de batatas fritas, que retrata uma cerimônia católica em que a hóstia é substituída por uma batata, teve a veiculação interrompida na Itália por ordem do Comitê de Controle do Instituto de Autorregulação Publicitária (IAP).

Para o colegiado, a propaganda da marca Amica Chips está em conflito com o Código de Autorregulação da Comunicação Comercial, que afirma que “a comunicação comercial não deve ofender as convicções morais, civis e religiosas”.

Em um comunicado, o IAP descreve o comercial: “A campanha publicitária, ambientada em um convento e com a [canção] Ave Maria de [Franz] Schubert ao fundo, mostra um grupo de noviças dirigindo-se ao altar da igreja para receber a comunhão”.

“Assim que a primeira noviça da fila recebe a hóstia do sacerdote (na versão online, uma batata), um som de mastigação ressoa na igreja. Surpresa e constrangida por ser a causa dessa emissão inesperada, a noviça se vira para a sacristia, onde outra freira está comendo as batatas crocantes anunciadas, tirando-as do saco.”

“O vídeo termina com imagens do produto e o slogan 'Amica Chips, o divino cotidiano'”, descreve o Instituto.

Para o Comitê, o paralelo entre a batata, descrita como “o divino cotidiano”, e a hóstia constitui uma “ridicularização do profundo sentido do sacramento da eucaristia, tornando mais que razoável que os crentes e não crentes se sintam ofendidos”.

Em repúdio, o Colégio Rotondi de Gorla Minore, a mais antiga escola católica privada da Itália, baniu o produto.

“Consternados com a publicidade ofensiva e desrespeitosa de nossa religião, o reitor considera oportuno interromper a venda desses produtos. Às vezes, esses pequenos gestos também são necessários para demonstrar nosso descontentamento”, pontuou o reitor, padre Andrea Cattaneo.

"Um anúncio criado em três versões, sendo a mais blasfema veiculada nas redes sociais, que são continuamente observadas por nossos alunos, onde a Eucaristia é substituída por uma batata, é inaceitável e ofensiva. Aceitar silenciosamente e não tomar posição diante de tal publicidade desrespeitosa e blasfema seria um grave erro educacional. Espero uma tomada de posição urgente por parte das autoridades competentes", concluiu.


    (ANSA).
   

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