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Polícia retira estudantes pró-Palestina de universidade nos EUA

Grupo acampava na Universidade da Califórnia

Redazione Ansa

A polícia americana iniciou na manhã desta quinta-feira (2) a retirada de manifestantes pró-Palestina que estavam acampados em um campus da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles.
    Com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha, os agentes começaram a remover as barricadas e a desmantelar todo o acampamento montado pelos estudantes, que se recusaram a abandonar o local apesar das ordens das autoridades.
    Os policiais entraram no campus por volta das 3h (horário local) em uma operação intensa. Até o momento, não há informações sobre feridos. No entanto, equipes da CNN no local viram dezenas de manifestantes presos pela Patrulha Rodoviária da Califórnia.
    De acordo com os relatos, algumas pessoas tentavam reforçar a barricada enquanto a polícia a derrubava. Todos os presos estão sendo levados para um ônibus estacionado a cerca de um quilômetro do campus.
    Nos últimos dias, um grupo de manifestantes, incluindo alunos e professores da UCLA, ocupou a universidade como parte de uma série de protestos pró-Palestina, em meio ao conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza.
    Ontem, inclusive, os estudantes chegaram a entrar em confronto com alunos judeus no campus por conta dos protestos. A ofensiva fez a direção da universidade suspender as aulas.
    Na ocasião, pelo menos 15 militantes ficaram feridos após confrontos no ato que "se tornou violento", segundo o reitor da instituição, Michael Drake.
    No último dia 30 de abril, as forças policiais já haviam expulsado estudantes que protestavam contra Israel no campus da Universidade de Columbia, em Nova York, considerado um dos principais foco das manifestações. 

Já na Itália, estudantes anunciaram nas redes sociais um protesto na Universidade de Turim para o próximo dia 7 de maio. “O movimento estudantil em solidariedade com a Palestina atingiu agora um alcance global: da Itália aos Estados Unidos, França, Turquia, Jordânia”, diz o texto.

O grupo pede o fim da cumplicidade das suas universidades com o sistema colonial de Israel e o genocídio em andamento em Gaza, através das suas colaborações científicas e acadêmicas com instituições israelenses e empresas de guerra. 

Reação 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou nesta quinta-feira (2) o “vandalismo” e o uso da violência durante os protestos nas universidades do país, mas disse apoiar as mobilizações pacíficas.

“A lei e a liberdade de expressão devem ser mantidas. Os protestos pacíficos são protegidos na América, o vandalismo e os protestos violentos não”, afirmou ele, enfatizando que “o direito de protestar não significa o direito ao caos”.

Além disso, Biden reforçou que o antissemitismo não tem lugar nas universidades americanas e que a Guarda Nacional não deveria intervir nos campus.

“Como presidente protegerei sempre o direito de falar: “não somos um regime autoritário onde silenciamos as pessoas, mas também não somos um país que não tem leis”, acrescentou. (ANSA)

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