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Rússia abre crise ao assumir gestão de empresa italiana

Estatal de eletrodomésticos controlará Ariston e alemã Bosch

Sede da Ariston Thermo Group

Redazione Ansa

(ANSA) - A Rússia abriu uma nova crise com a Itália nesta sexta-feira (27) ao determinar a transferência temporária da subsidiária da empresa italiana Ariston, especializada em eletrodomésticos, para a Gazprom Domestic Systems, empresa estatal do grupo Gazprom, do mesmo setor.
    O decreto firmado pelo presidente Vladimir Putin aplicou a mesma medida contra a alemã Bosch, e informa que a medida é temporária.
    Desde o início da guerra na Ucrânia a Rússia já assumiu as operações de outras empresas ocidentais, como retaliação a sanções de outros países contra empresas russas. Em 2023, o mesmo ocorreu com as filiais russas da francesa Danone e da dinamarquesa Carlsberg quando as companhias anunciaram a intenção de deixar o mercado russo.
    Ainda na sexta, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores italiano Antonio Tajani afirmou que o país está pronto para proteger as empresas.
    Já neste sábado (27), Tajani informou que a chancelaria convocou o embaixador da Rússia na Itália para esclarecimentos: "Também estamos trabalhando com Bruxelas, em coordenação com a Alemanha". Ele classificou a decisão do Kremlin como "inesperada".
    O ministro das Empresas e do Made in Italy, Adolfo Urso, discutiu a questão em um telefonema com o presidente da Ariston, Paolo Merloni. Ele garantiu que o governo estará ao lado da empresa "em todos os aspectos".
    A fábrica do grupo Ariston em Vsevolozhsk, a 20 quilômetros de São Petersburgo, foi inaugurada em 2005, tornando-se líder na produção de aquecedores de água.
    A planta tem 64 mil metros quadrados, sendo 30 mil cobertos, e conta com 200 funcionários diretos e indiretos, além de outros 100 da rede comercial.
    Com o início do conflito, o grupo interrompeu os investimentos no local, que continuou operando normalmente.
    A empresa está presente na Rússia desde 1995 e encerrou 2023 com receitas de 3,1 bilhões de euros. A fábrica de Vsevolozhsk representa cerca de 3% do total. (ANSA).
   

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