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Com ampla margem, Putin é reeleito na Rússia para 5º mandato

Ocidente condenou pleito sem opositores ao governo

Putin venceu eleições com ampla margem

Redazione Ansa

(ANSA) - Os primeiros resultados eleitorais divulgados pela Rússia neste domingo (17) apontaram para a vitória do atual presidente, Vladimir Putin, que será reconduzido ao cargo para um quinto mandato. 

Segundo as pesquisas de boca de urna, ele recebeu 87,8% dos votos. Com 25% das urnas apuradas, a preferência também girou em torno de 88%. 

O resultado com enorme margem já era esperado: houve apenas outros três candidatos, todos parlamentares de partidos apoiadores do governo. 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentou o resultado classificando Putin como “doente por poder” que “quer reinar para sempre”.

“Está claro para todos que esse personagem, como aconteceu tantas vezes na história, está simplesmente bêbado de poder e está fazendo todo o possível para reinar eternamente, e não há mal que não cometerá para prolongar seu poder pessoal”, declarou o líder de Kiev, definindo o voto russo como “sem qualquer legitimidade”.

Leonid Volkov, braço-direito de Alexei Navalny, principal opositor do regime que acabou morto em fevereiro em uma colônia penal no Ártico, também criticou o resultado, afirmando que “não tem nada a ver com a realidade”.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca também disse que as eleições “não foram nem livres, nem justas, já que Putin aprisionou os opositores políticos, prevenindo, assim, que concorressem contra ele.

No quartel-general da campanha, Putin disse que o resultado “representa a total confiança dos cidadãos, sobre o fato de que faremos tudo conforme o programa”. 

Na Itália, onde houve voto dos cidadãos russos através das representações diplomáticas, houve registro de longas filas diante da embaixada em Roma e do consulado em Milão.

Os eleitores se manifestaram, tanto os contrários quanto os favoráveis a Putin. 

De um lado, foram entoadas palavras de ordem como “Rússia sem Putin”, “Guerra não”, “Rússia livre”. Do outro, “Eleições livres”, “Putin faz muito por nosso país”, “não foi ele quem começou a guerra”.

(ANSA).
   

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