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Itália inicia julgamento de agentes acusados de matar estudante

Primeira audiência ocorreu em um tribunal de Roma

A primeira audiência do julgamento, que foi marcada pelo juiz Roberto Ranazzi, aconteceu no Tribunal de Justiça da capital da Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - O julgamento dos quatro agentes dos serviços secretos do Egito acusados de sequestrar, torturar e assassinar o pesquisador italiano Giulio Regeni no Cairo, em 2016, começou nesta terça-feira (20) em Roma.

A primeira audiência do julgamento, que foi marcada pelo juiz Roberto Ranazzi, aconteceu no Tribunal de Justiça da capital da Itália.

Claudio e Paola, pais de Regeni, estiveram presentes no tribunal romano e afirmaram que o início do julgamento dos quatro agentes africanos marcou um dia "muito importante".

"Há oito anos que esperamos por este momento. Foram levantadas as questões preliminares que já tinham sido rejeitadas em todos os outros tribunais: esperamos, depois da decisão do conselho que fortalece muito a nossa posição, podermos ter um julgamento contra aqueles que fizeram todo o mal do mundo a Giulio", disse a advogada Alessandra Ballerini.

Durante a audiência de hoje, a defesa dos egípcios apresentou petições para que as autoridades italianas ordenasse a anulação do julgamento.

O general Tariq Sabir e os coronéis Athar Kamel Mohamed Ibrahim, Uhsam Helmi e Magdi Ibrahim Abdelal Sharif são acusados de sequestro qualificado, homicídio qualificado e lesões corporais qualificadas.

O pesquisador vivia na capital do Egito para preparar uma tese sobre sindicatos independentes para a Universidade de Cambridge, mas desapareceu em janeiro de 2016. Ele havia sido visto pela última vez em uma linha de metrô, e seu corpo só foi encontrado mais de uma semana depois, com evidentes sinais de tortura.

O italiano frequentava organizações sindicais clandestinas e contrárias ao presidente autocrata Abdel Fattah al-Sisi, o que levantou a hipótese de crime político.

A acusação diz que os agentes seguiam os passos de Regeni desde o fim de 2015 e o abordaram na noite de 25 de janeiro de 2016, no metrô do Cairo. Em seguida, teriam conduzido o italiano contra sua vontade para uma delegacia e, depois, para um edifício onde ele ficaria nove dias em cativeiro. (ANSA).
   

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