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'Energia limpa de usina nuclear é grande perspectiva', diz Meloni

Premiê da Itália participou de evento com cientistas

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta sexta-feira (5) que a energia limpa proveniente de usinas nucleares é uma grande perspectiva para o país.

"Uma grande perspectiva, uma grande visão, um grande sonho surge da possibilidade de produzir energia limpa e ilimitada num futuro não muito distante a partir da fusão nuclear", disse ela no evento "Ciência no Centro do Estado", promovido pela Associação Italiana de Cientistas.

Segundo Meloni, "a Itália é a pátria de Enrico Fermi, é incomparável neste campo graças ao know-how, à atividade de pesquisa e desenvolvimento e ao nosso sistema produtivo".

"Podemos continuar a crescer, para dar ao mundo novas descobertas e um diferente e futuro melhor. A divulgação é um dos muitos temas que a ciência e a política têm em comum, temas complexos que, se não puderem ser esclarecidos à maioria, ficam confinados à sua própria esfera", acrescentou.

A premiê italiana alertou que, "se, por um lado, a política, privada do apoio e da competência dos cientistas, corre o risco de cair na demagogia, por outro, o aparelho técnico-científico, privado de uma ordem política e de princípios éticos, funciona o risco de cair na tecnocracia".

"Para evitar estes riscos, a ciência e a política devem ser aliadas na prossecução do bem comum", destacou, ela lembrando que "em um filme recente, aquele dedicado à vida de Oppenheimer, um dos pais da bomba atômica, há temas que hoje discutimos, temas que atravessam a vida de cada cientista".

Como exemplo, ela citou "a ambição pelo conhecimento, mas também questões sobre o uso do poder que pode derivar desse conhecimento, a angústia dessa responsabilidade que isso traz consigo".

"São problemas que o cientista não pode e não deve enfrentar sozinho, mas sim com quem tem a responsabilidade de tomar as decisões, a política", considerou.

A primeira-ministra fez referência também à questão da inteligência artificial, que colocou como uma das prioridades da presidência italiana do G7.

"Deepfakes são o exemplo com o qual o público em geral aprendeu a se familiarizar com os riscos da inteligência artificial generativa. A impressão que tenho é que, sem perceber, estamos trocando a nossa liberdade pelo conforto", alertou.

De acordo com Meloni, "sem processos políticos adequados para avaliar esses riscos, corremos o risco de chegar demasiado tarde". "O progresso é extremamente rápido e os processos de tomada de decisão tendem a abrandar", explicou.

Por fim, a chefe de governo reforçou a importância de a Itália voltar a ocupar um lugar central na civilização e recuperar a confiança nos seus valores.

"É como se em um determinado momento a Itália, especialmente nos últimos tempos, se tivesse convencido de que tinha perdido a capacidade de ensinar algo ao mundo. Um novo impulso só é possível se a ciência e a política regressarem ao equilíbrio que foi a base da nossa civilização", concluiu. (ANSA).
   

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