Economia

Itália diz acompanhar quebra do SVB 'com atenção'

Falência do banco do Vale do Silício causou turbulência

Unidade do Silicon Valley Bank em Nova York, nos EUA

Redazione Ansa

(ANSA) - O Ministério da Economia da Itália afirmou nesta segunda-feira (13) que acompanha "com atenção" a crise deflagrada pela quebra do Silicon Valley Bank (SVB), banco que fica no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), e era conhecido por financiar startups e empresas de tecnologia.

Por meio de um comunicado, a pasta informou que "o sistema bancário italiano e europeu é regularmente monitorado pelas autoridades de vigilância e supervisão, assegurando sua estabilidade".

"O ministro da Economia, Giancarlo Giorgetti, acompanha com atenção os desenvolvimentos dos episódios ligados ao Silicon Valley Bank e às decisões tomadas pelas autoridades monetárias americanas", diz a nota.

Com quase 40 anos de história e mais de US$ 200 bilhões em ativos sob gestão, o SVB entrou em colapso após uma repentina enxurrada de saques provocada pelo anúncio da venda de títulos com prejuízo bilionário e de um plano de aumento de capital.

A crise contaminou o Signature Bank, de Nova York, que também foi fechado pelas autoridades regulatórias.

Para conter o contágio, o Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, e o Departamento do Tesouro garantiram que todos os clientes do SVB e do Signature conseguirão sacar seus depósitos.

"Apreciamos a tempestividade com a qual as autoridades americanas intervieram e confiamos que, se for necessário, as autoridades europeias também agirão com a mesma rapidez", acrescentou Giorgetti.

No entanto, isso ainda não foi suficiente para reverter o pessimismo do mercado. Na Itália, o FTSE MIB, principal índice da Bolsa de Milão, fechou o pregão com queda de 4,03%, em 26.183 pontos, o que significa uma perda de mais de 24 bilhões de euros em capitalização.

A baixa foi puxada pelas ações do setor bancário, como Bper Banca (-9,51%), Unicredit (-9,01%) e Banco BPM (-8,09%). Outras bolsas europeias também fecharam no vermelho, como Madri (-3,55%), Frankfurt (-3,04%), Paris (-2,9%) e Londres (-2,58%).

Já o Ibovespa opera com leve desvalorização de 0,16%.

UE

O comissário de Economia da União Europeia, Paolo Gentiloni, descartou o risco de contaminação no bloco pelos efeitos da quebra do SVB. "Não acredito que exista um risco real de contágio na Europa no momento", disse o italiano ao chegar a uma reunião dos ministros das Finanças da zona do Euro em Bruxelas.

"Estamos monitorando a situação, em contato com o BCE [Banco Central Europeu]", acrescentou Gentiloni. (ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it