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ANSA/Inundações deixam Rio Grande do Sul de joelhos; Lula mobiliza governo

Papa Francisco e Itália se solidarizaram com o povo gaúcho

Inundação na Arena do Grêmio, no Rio Grande do Sul

Redazione Ansa

O Rio Grande do Sul está de joelhos: o balanço das inundações é de pelo menos 78 mortos, mais de 100 desaparecidos e 135 mil deslocados. Meio milhão de casas está sem energia elétrica, e 839 mil, sem água.
    Muitas estradas foram engolidas pela lama, e 113 trechos estão intransitáveis, enquanto o setor produtivo do estado - quarta economia do país - está paralisado.
    Por isso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendeu ao apelo do governador Eduardo Leite e mobilizou o governo para responder às enchentes no Rio Grande do Sul, onde 40% dos habitantes são descendentes de italianos.
    Em sua visita a Porto Alegre, Lula sobrevoou a área inundada e logo em seguida anunciou financiamento para reconstruir estradas, reiniciar as operações no porto, devolver crianças à escola e garantir cuidados de saúde. "Não faltarão recursos para a reconstrução", assegurou.
    As fortes chuvas da última semana provocaram o que o cônsul-geral italiano Valerio Caruso chamou de "cenário apocalíptico". Para o campeão mundial italiano de beach tennis Alex Mingozzi, que mora em Porto Alegre há 10 anos, a situação é "catastrófica". "Tenho amigos ilhados que não conseguem sair de casa", disse o atleta à ANSA.
    "Moro há 14 anos em Porto Alegre e nunca tinha visto nada parecido aqui. A situação é muito dramática", reforçou o italiano Antonio de Ruggiero, professor de história contemporânea na Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, que se tornou um refúgio para os deslocados da cidade.
    A tragédia no Brasil também gerou emoção na Itália e no Vaticano. No Regina Caeli, o papa Francisco assegurou sua oração pela população afetada. Já a primeira-ministra Giorgia Meloni disse nas redes sociais que recebeu "com dor" as notícias da "tremenda inundação que atingiu o Rio Grande do Sul, deixando de joelhos a cidade de Porto Alegre". "Minha mais sincera solidariedade e do governo italiano às populações afetadas", escreveu a premiê, enquanto o ministro da Defesa, Guido Crosetto, ofereceu ajuda ao Brasil.
    O embaixador italiano em Brasília, Alessandro Cortese, afirmou ser particularmente próximo ao estado. Recém-retornado de uma missão à Serra Gaúcha, definiu o Rio Grande do Sul como "uma terra maravilhosa à qual a Itália está muito ligada por indissolúveis laços históricos, linguísticos e tradicionais, graças a uma comunidade ítalo-brasileira que, nos últimos 150 anos, deu uma contribuição fundamental para o crescimento da sociedade gaúcha". (ANSA)

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